Ela vive no palácio
sentindo-se dona de tudo.
Tem todas as chaves das portas,
mas não faz uso.
Seu senhor não a deixa,
faz dela a servil rainha,
até que chega o dia
que ele precisa do seu sacrifício.
Diz que ela é livre,
pode fazer o que quiser,
menos abrir o porão.
Ela não resiste,
sufoca a obediência às regras
e abre a porta.
Jazem ossos, crânios,
de mulheres que ali
foram sacrificadas.
Ela foge em desespero!
Encontra a serenidade da libertação
de sua maturidade.
Corre como fera,
dona de sua força.
O predador agora é
o aprendizado de ser mulher.
Inspirado no conto de fadas "Barba Azul".
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