Descanse em paz, velho Chico...
É, Chico, pois é,
gostava de te ver entre a gente,
debaixo daquele sol quente,
quietinho, calado,
só observando...
É, Chico, pois é,
te achava tão de juízo,
daqueles que têm dente siso
- que até li seus livros! -
que não se junta com falastrão.
É, Chico, pois é,
apertei tua mão,
falei de você prum montão,
fiquei triste e chateada
quando você não ganhou.
É, Chico, pois é,
te achei homem de brio
quando largou aquele bando
de filho da malquerença e da inveja
e teve coragem de caminhar sozinho.
É, Chico, pois é,
você mudou tanto
que não te reconheço.
Juntou-se aos falastrões,
que prefiro guardar tua história
como uma lenda.
Ana Maria Pupato - 2016
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