24/10/2010

Somente a lua e as estrelas




O mar trazia em suas ondas sussurrantes
uma canção de amor em nossa homenagem,
com notas maviosas, solenes e vibrantes,
selando uma união que faz da vida uma viagem.

Instante sereno e acolhedor de tuas mãos
enlaçando meu corpo em um doce abraço.
Seus lábios procurando nos meus os desvãos
das promessas urdidas em infinito laço.

Ser somente tua nessa caminhada confortadora
e extirpar do porão da alma o medo e a insegurança.
Viver a grandiosidade dessa emoção avassaladora.

Ter somente a lua e as estrelas como aliança,
refulgindo em nossos olhos como guia e esperança
de uma paixão que sempre será arrebatadora.

Ana Maria Pupato






09/10/2010

Sobre cartas e corações


Num café, à meia noite, aos sons de uma música.
Cartas abandonadas.
Como corações abandonados
Que se encontram como algumas  cartas no chão.
Bastará apenas um pouco de sorte!
Para que as cartas se juntem, formando sequências.
Conjuntos iguais
De naipes iguais
Vermelhos... pretos...
Porém, sempre juntas!
E os corações? Eles, também...?

Glória Castrioto

08/10/2010

Muito além dos sonhos






Ver no olhar de qualquer criança
a esperança de um futuro promissor.
Ver no olhar de qualquer adulto
a criança que não desistiu de sonhar.



Ver o dia amanhecer
em celebração com a natureza,
seres integrados em harmonia,
preservando o bem maior: vida.



Ver o respeito em cada gesto,
a ética por filosofia,
a individualidade valorizada,
o amor sem medida e fronteira.


Muito além dos sonhos sonhados
da realidade desejada
a vida em plena abundância
e perpetuada pela eternidade.




Ana Maria Pupato



03/10/2010

Folhas de angústia


Ser vicejante em pleno verão
com toda pujança da juventude.
Desejos e ideais brotando.
Sopra o vento frio do questionamento
que espalha tudo,
cai a chuva de lágrimas da dor
que nubla a visão.
É a estação outonal do recolhimento,
de deixar as folhas da angústia cair,
reconhecer o milagre da renovação da vida.

Ana Maria Pupato 

Amor eterno


Amor eterno

É aquele que é feito de ontem:
no primeiro olhar trocado,
no toque da mão e dos lábios,
na paixão que consome o sono.

É aquele que é feito de hoje:
no olhar de compreensão pela dor,
no toque da mão para afagar,
na paixão que se acende no fazer amor.

É aquele que é feito de sempre:
no olhar que vê uma jornada juntos,
no toque da mão que segura para caminhar,
na paixão sempre acesa sem os corpos tocar.

É aquele que é feito de vidas que se repetem:
no olhar trancendental dos sentimentos,
na mão que recebe no etéreo depois da passagem,
na paixão sublimada em amor que liberta!

Ana Maria Pupato