16/04/2011

Portas






Abro a porta do amor para que a dor
possa ser minorada diante do desafio,
lenitivo que cura a ferida do rancor
deixando a ternura como vento frio.

Fecho a porta do egoísmo que cega
para a necessidade e a paz enaltecida,
tirano dos desejos que ao ser sega
e solitário passa a vida embrutecida.

Deixar a porta entreaberta para o sol
da alegria que eleva em esperança,
para que todos vejam a beleza do arrebol.

É entrar e sair sem apego, como criança,
do mundo interno e externo seguindo o farol
da intuição que nos guia com segurança.

Ana Maria Pupato


3 comentários:

Jorge Sader Filho disse...

Pensei tratar-se de um soneto. Contei as sílabas. Não é, o que não tira nenhuma beleza do poema "Portas". É isso aí, Ana!

Beijos,
Jorge

GERALDO RIBEIRO disse...

Boa noite,Ana Maria.

Continue abrindo e fechando portas, assim o amor pode entrar e o ódio ficará do lado de fora.

Um abraço, paz e bem

Ju Armos disse...

Maravilhoso te ler a alma a qualquer tempo e contar com tuas orações em todos os momentos.Meu carinho e admiração.bJu