23/04/2011

Abraço de Páscoa



Abraço de Páscoa

Lembranças que datam da infância distante
onde via um ser humano dedicado à humanidade
morrer crucificado como se fosse um meliante
por ter exemplificado e vivenciado a verdade.

Ele retorna em espírito para provar que a vida
não termina em um sepulcro enorme, escuro e frio.
Que não existiu sacrifício em sua curta lida
de demonstrar que o amor é um caudaloso rio,

que deságua no mar da fraternidade e compaixão.
Eis a Páscoa consagrando a vida pela morte
de tudo que ainda nos faça abjetos na Criação.

Abra os seus braços como o Cristo e sinta bater forte
dentro de seu peito uma grande e arrebatadora emoção
de abraçar o seu próximo com a ternura de consorte.

Ana Maria Pupato
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Meus amigos,
Desejando que a Páscoa seja em seu coração o despertar para uma vida nova com paz, assim como nos ensinou o Mestre, ao abrir seus braços para abraçar a humanidade ainda destituída de ética e perdoando a ignorância que jazia em cada coração.
Agradeço ao grande amigo Carlos Roberto Lemberg que nos proporcionou esse momento de inspiração e hospedou em seu site nosso trabalho.
Beijos mil com gostinho de chocolate!!!!
(link referente à premiação)
(link referente à ciranda)
Visite e deixe o seu recado carinhoso!!!!

16/04/2011

Portas






Abro a porta do amor para que a dor
possa ser minorada diante do desafio,
lenitivo que cura a ferida do rancor
deixando a ternura como vento frio.

Fecho a porta do egoísmo que cega
para a necessidade e a paz enaltecida,
tirano dos desejos que ao ser sega
e solitário passa a vida embrutecida.

Deixar a porta entreaberta para o sol
da alegria que eleva em esperança,
para que todos vejam a beleza do arrebol.

É entrar e sair sem apego, como criança,
do mundo interno e externo seguindo o farol
da intuição que nos guia com segurança.

Ana Maria Pupato


19/03/2011

Estou aqui




Dentre uma multidão de caminhantes
desse mundo de prova e expiação
que ainda tem no coração espinhos
como o orgulho,a vaidade e o egoísmo
estou aqui como qualquer um
mas que acredita que mudar é possível
e fazer desse mundo um lugar de paz.
Estou aqui para estender a mão,
abraçar, consolar, amar e ser feliz!

Ana Maria Pupato

26/02/2011

Serei diferente?


Serei diferente?

Caminhos sinuosos com paisagens diversas,
ter os olhos voltados para o horizonte infinito,
sem amarras que tolhem o ser em cadeias perversas.

Serei diferente ou sou apenas a plenitude do que sinto?

Ana Maria Pupato

Bons ventos



Bons ventos

Furacões da insensatez chegam caóticos
arrostando com fúria seres ególatras,
consequência das atitudes egoísticas.

O temporal da dor propicia parâmetros
de mudanças no ser em estado neurótico
e faz acreditar na bonança impávida.

Bons ventos outonais de brisa pacífica!

Bons ventos primaveris de brisa híbrida!

Ana Maria Pupato

15/02/2011

E a nossa Mariana se foi...


Menina linda, do sorriso aberto e franco,
bateu asas desse mundo de sofrimento
deixou em nós ,tão vividos, o exemplo
vívido de que ainda não sabemos de nada.
 
Fez com que todos se unissem em solidariedade
e correntes de oração pela sua saúde,
mas como todo anjo fez sua parte
e voltou para os braços de Deus.
 
Nossos olhos insistem em dizer da tristeza
de não ver mais seu rostinho brilhante,
mas creia, minha menina, que mais uma vez
nos damos as mãos e rogamos ao Pai:
 
- Senhor, recebe em teu colo, Mariana,
e acalenta o coração de seus familiares!
Teus planos são sábios e justos
e nós pedimos serenidade para continuar...
 
Ana Maria Pupato

12/02/2011

Alma da poesia










Alma da poesia
Volita pelo espaço desse infinito Universo
em busca de um corpo que a permita habitar
com toda sua incoerência, verso e reverso,
impermanência e transparência a palpitar.


Deseja que a dualidade do animus e do anima
manifeste-se em consonância com a emoção.
Síntese, lógica, forma, organização, rima...
Sensibilidade, harmonia, melancolia e paixão...


Reverbera a cintilação de pedra preciosa
trazida das furnas do inconsciente do poeta
que lapida com sua pena, de forma minuciosa,


as entrelinhas de linhas que o locupleta,
cobertas pelo véu da metáfora maviosa
do solene fado escolhido que na alma desperta.


Ana Maria Pupato

05/02/2011

Manjedoura

Repassando somente agora, mas ainda em tempo como homenagem ao meu amigo Carlos Roberto Lemberg!
Ciranda Natalina - Manjedoura

Tema sugerido pela Poetisa Denise de Souza Severgnini

Objetivo desta Ciranda
Compor Poesias ou até mesmo pequenas
Mensagens de Reflexão somente sobre o Natal,
tomando por base a imagem da Manjedoura.




Natal, clima de paz e fraternidade,
trazido pelo nosso menino nascido
em simples manjedoura de palha,
com as bênçãos do Pai e muita humildade.

Sua meta era servir e ensinar
para a desalentada e querida humanidade
o poder que havia em amar e multiplicar
as dádivas doadas pelo Pai em bondade.

Conhecia o tamanho de sua missão,
as dificuldades de seus companheiros,
a dor, o sacrifício, a pungente aflição.

Jesus, mestre amado, de tantas eras,
hoje, podemos dizer que somos seus seareiros
e que nos aguarda, em glória, após tanta espera!

(Ana Maria Pupato)



30/01/2011

Apaixonada


Apaixonada

A vida me fascina e me arrebata
com toda a sua pujança de desafios,
não temo esse desiderato
e me arrojo de momentos em momentos.
Ser feliz por ter o dom da vida,
criar a oportunidade sem lamentos,
sou uma apaixonada por essa bendita
que me traz a bênção de tanto crescimento.
Vida vivida, vida envelhecida,
vida nova, renovada e enaltecida.

Ana Maria Pupato