07/09/2010

Sombras de uma saudade


Sombras da saudade

Acompanham-me pela longa noite,
arrastando seu manto negro,enregelante 
do frio que se abriga como açoite
em minha alma sofrida, ausência inquietante.

Despertam-me para um pranto copioso,
incessante,atroz, hibernal...
Meus olhos desejam a luz do teu olhar amoroso,
mas vislumbram uma cena dantesca,infernal...

Sem razão teu corpo perde a vida
não me responde, não me explica!
Como ficarei sem tua guarida?

Saudade estonteante que me replica
que tua presença é mais forte e querida.
Volta e cura essa ferida!

Ana Maria Pupato








Um comentário:

Jorge Sader Filho disse...

A saudade incomoda, machuca, fere.
Ana é experimentada e lança idéias sobre o tema tão humano e antigo.
Como resultado, surge Sombras de uma saudade, forte!
O final é uma súplica, um senhor pedido.

Carinho,
Jorge