07/07/2009

Noturno



Eu espero um encontro noturno
É o encontro do silencio,
Silencio de passos mansos
Silencio das ruas vazias
Silencio do silencio de minha alma...

Eu espero um encontro noturno
Com as surpresas
Que me virão pela frente
Com os sons aflitos
De gozos delirantes
Enfim;
Acabo restrito a um silencio
Que vem ser meu
Em perdida madrugada
Que perambulo rua afora
Tentando comungar com minha paz...

Busco razões para o ódio
Tento entender por que há discórdia
Não encontro motivos para que haja inveja
E nesses meus questionar,
Por mais que eu tente por em ordens meus pensamentos
Mais curtos eles se fazem
Temendo que eu venha um dia
Acreditar que a humanidade
Por puro interesse
Faça desses motivos
Razões únicas para se viver...

Eu espero um encontro noturno
Dentro da calada da noite,
Me acobertar com a manta da sobriedade
Para que profundamente eu possa
Encontrar palavras definidas
Para esse meu não entender
De o porquê nós da raça humana
Não podemos ao menos tentar
Olhar o próximo com amor,
Somente com amor
E dele fazer a ponte do entendimento
De que podemos
Beber da mesma água
Comer da mesma comida
Sorrir com mesmo sorriso
E abrir nosso coração
Para que a paz seja alcançada
De forma que não usemos armas e sim,
Plantarmos árvores
Para que um dia possamos escrever um livro,
O livro da razão da vida
E o porquê
Que muitos se perdem
Em encontros noturnos...


Eddyr o Guerreiro
24 de março de 2002
Rio de Janeiro

Nenhum comentário: