17/06/2010

TUA AUSÊNCIA EM MIM





Tortura que se prolonga a cada dia
em cada amanhecer no horizonte dourado,
cada hora é uma caverna fria
onde me escondo do amor em mim deixado.


Lágrimas são rios que correm para um mar
de angústias que teimam em mim morar.
O que fiz para esse amor assim acabar?
Não fui companheira, amante e fiz um lar?


Desespero de trazer tua imagem cravada
em meu coração como um punhal
que lateja uma dor desvairada.
Será que te fiz tanto mal?


Espero a noite chegar e trazer a escuridão
para não ver teus olhos brihar com sofreguidão
Rolo na cama e demoro a dormir sem sossego
E acordo em mais um dia voltada a esse amor-apego...


Ana Maria Pupato

14/06/2010

PESSOA AMADA


Pessoa amada
Poesia subliminar
Ternura infinda em cada olhar
de amor que me lança com
um abraço arrebatador de
carinho por tantas vidas já vividas.
Estampado em seu semblante
em forma de luz radiante
um sorriso ilumina todo o seu
rosto e que me faz ver o céu.
Ela,doce alegria,nos aquece e
é a base de nossos dias,
anjo que nos faz sorrir,
de tudo, porém, o mais importante é o
amor que brotou e cresceu em nosso jardim
encantado e florido por nossas atitudes !
Denise Severgnini
Ana Maria Pupato

13/06/2010

ECOS DE METÁFORA POÉTICA

Queria ouvir a voz do verbo, minha utopia silenciosa,
Não queria ver no meu amor as alegorias do passado.
Passando a limpo as folias do agora, eu bebo a poesia
Inevitável de minha essência, que grita e chora
Querendo entender a linguagem do mistério.
É preciso atravessar ao oceano do meu eu?
Afronta-me mar cristalino? Teu oceano sou eu mesmo.
Quem me deu esta força lúdica esse medo lúbrico,
Esta fantasia extasiante, essa consciência espectral?
Queria ultrapassar meus temores e ardores de alcova,
Essas tempestades de tristezas temporâneas,
Esses pecados que descubro em mim inocente,
Não quero gozar de uma liberdade indecente.
Preso do meu eu essa multidão de juiz à esmo.
Não quero tudo que imagino porque sou menino,
Sou árvore que sol a pino envelhece, mas dá sombra.
Imagino os sonhos vergando meus ombros,
Dando frutos e as sementes de uma nova era,
Assim eu penso na natureza desfragmentada
E salva do meu próprio armagedom,
Minha Fênix renascida dos meus sentimentos puros.
Sim eu queria ouvir a voz do verbo no meu silêncio,
Antes que a alegoria, fantasia, utopia, minha agonia
Destroce-me e eu seja só uma metáfora de poesia.

Walter Brios

MEU NAMORADO


Meu namorado

Vive comigo no dia-a-dia,
mas mora na minha alma;
conversa sobre tudo
e sobretudo me fala palavras de amor;
compartilha sorrisos e dores
e ainda dá o ombro e a mão para me apoiar;
 traz flores para me dar
e deixou a semente do amor em meu coração;

faz pratos especiais só para mim
e me alimenta com seu carinho;
 ama com paixão de adolescente
e diz que seremos eternos namorados.

Ana Maria Pupato